Dicionário político

Diogo Pinto de Freitas do Amaral

Retrato Diogo Pinto de Freitas do Amaral

(1941-2019): professor de Direito e político português. Entre 1974 e 1986 esteve activamente envolvido na defesa da Democracia Cristã. Cofundador do Partido do Centro Democrático Social, logo após o 25 de Abril de 1974, foi Presidente da Comissão Política Nacional do CDS, entre 1974 e 1982 e, de novo, entre 1988 e 1991. Foi Membro do Conselho de Estado de 1974 a 1982 e Deputado à Assembleia da República, entre 1975 e 1983 e, novamente, de 1992 a 1993. Após a vitória da Aliança Democrática, em 1980, fez parte do VI Governo Constitucional, como Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros. Após a morte de Francisco Sá Carneiro, em Camarate, cuja morte e dos que o acompanhavam lhe coube anunciar na televisão, assumiu funções como Primeiro-Ministro interino do mesmo Governo. Integrou o VIII Governo Constitucional, de Pinto Balsemão, como Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa Nacional, de 1981 a 1983. Entre 1981 e 1982 foi Presidente da União Europeia das Democracias Cristãs.
Candidato a Presidente da República nas eleições de 1986, obteve o apoio do PSD e do CDS, atingindo 48,8% dos votos na segunda volta, próximos, mas insuficientes para a vitória, que coube a Mário Soares. A 9 de Junho de 1994 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Foi Presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas na 50.ª Sessão, em 1995-1996. Afastou-se do CDS, retirou-se da vida política activa e declarou-se independente, mas a sua escolha como ministro dos Negócios Estrangeiros do XVII Governo, formado pelo PS, causou surpresa em Março de 2005. Nesse mesmo ano, ele afastou-se e demitiu-se de membro do Partido Popular Europeu (PPE), que considerou a sua militância incompatível com a sua condição de ministro num governo socialista. Por motivos de saúde, alegando cansaço, ele abandonou o cargo governativo em Junho de 2006.