Feuerbach. Oposição das Concepções Materialista e Idealista
(Capitulo Primeiro de A Ideologia Alemã)

Karl Marx e Friedrich Engels

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[8. O papel da violência (conquista) na história]

capa

O facto da conquista parece contradizer toda esta concepção da história. Até aqui fez-se da violência, da guerra, da pilhagem, da rapinagem sangrenta, etc., a força que move a história. Aqui só nos podemos limitar aos pontos principais, e pegamos por isso apenas no exemplo mais marcante(92), a destruição de uma velha civilização por um povo bárbaro e a formação que dela parte e de novo se inicia de uma nova estrutura da sociedade. (Roma e os bárbaros, feudalidade e Gália, o império romano do Oriente e os Turcos. [N34]

[63] Para o povo bárbaro conquistador, a própria guerra ainda é, como já atrás referido, uma forma regular de intercâmbio, que é tanto mais ardentemente explorada quanto mais o crescimento da população cria a necessidade de novos meios de produção no modo de produção rudimentar tradicional que é, para essa população, o único possível. Na Itália, pelo contrário, por meio da concentração da propriedade fundiária (causada, além de pela compra e endividamento, também ainda por herança, na medida em que, com a grande devassidão e os raros casamentos, as velhas gerações gradualmente se extinguiram e a sua propriedade veio à posse de uns poucos) e da transformação desta em pastagens (que foi causada, além das causas económicas habituais e ainda hoje válidas, pela entrada de cereais roubados e pagos como tributo, e pela falta daqui resultante de consumidores para o cereal italiano), a população livre quase desaparecera e os próprios escravos morriam continuamente e tinham de ser sempre substituídos por outros. A escravatura continuou a ser a base de toda a produção. Os plebeus, que se encontravam entre os cidadãos livres e os escravos, nunca conseguiram ser mais do que um lumpenproletariado. De um modo geral, Roma nunca foi além da cidade, e tinha com as províncias uma conexão quase só política e que, por seu turno, como é natural, também podia ser interrompida por acontecimentos políticos.

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Nada há de mais habitual do que a representação de que até aqui na história se teria tratado apenas de tomar. Os bárbaros tomam o império romano, e com o facto desta tomada se explica a passagem do mundo antigo para a feudalidade. Mas, na tomada pelos bárbaros, trata-se é de saber se a nação que é ocupada desenvolveu forças produtivas industriais, como é o caso com os povos modernos, ou se as suas forças produtivas assentam principalmente na sua união e no sistema comunitário [Gemeinwesen]. O tomar é ainda condicionado pelo objecto tomado. A fortuna em papel de um banqueiro não pode de modo nenhum ser tomada sem que aquele que a toma se submeta às condições de produção e de intercâmbio do pais tomado. Do mesmo modo, todo o capital industrial de um país industrial moderno. E, por fim, o tomar acaba muito depressa em toda a parte, e quando nada mais há para tomar tem de se começar a produzir. Desta necessidade de produzir, que muito cedo surge, decorre [64] que a forma do sistema comunitário adoptada pelos conquistadores que se fixam no território tem de corresponder à etapa de desenvolvimento das forças produtivas que nele encontram, ou, quando não é este o caso à partida, tem de mudar de acordo com as forças produtivas. Deste modo se explica também o facto, que se pretende ter observado por toda a parte no tempo que se seguiu à migração de povos, de que o servo era realmente o senhor, e de que os conquistadores em breve adoptaram a língua, a cultura e os costumes dos conquistados.

De modo nenhum a feudalidade foi trazida pronta da Alemanha teve, isso sim, a sua origem, por parte dos conquistadores, na organização guerreira do exército durante a própria conquista, e só depois desta aquela se desenvolveu, sob a influência das forças produtivas encontradas nos países conquistados, até chegar à verdadeira feudalidade. O quanto esta forma estava condicionada pelas forças produtivas demonstram as tentativas fracassadas de impor outras formas oriundas de reminiscências da velha Roma (Carlos Magno, etc.).

A continuar. —

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[9. O desenvolvimento da contradição entre as forças produtivas e a forma de intercâmbio nas condições da grande indústria e da livre concorrência. Antagonismo entre trabalho e capital]

Na grande indústria e concorrência todas as condições de existência, condicionamentos, unilateralidades dos indivíduos, se fundiram nas duas formas mais simples: propriedade privada e trabalho. Com o dinheiro, todas as formas de intercâmbio e o próprio intercâmbio são postos como acidentais para os indivíduos. No dinheiro é que reside, portanto, o facto de todo o intercâmbio até aos nossos dias ser apenas o intercâmbio dos indivíduos em determinadas condições, e não dos indivíduos como indivíduos. Estas condições reduzem-se a duas — trabalho acumulado ou propriedade privada, ou trabalho real. Se uma ou outra delas cessa, o intercâmbio fica paralisado. Os próprios economistas modernos, por exemplo, Sismondi, Cherbuliez, etc., contrapõem a association des individus à association des capitaux(93). Por outro lado, os próprios indivíduos estão completamente subordinados [subsumiert] à divisão do trabalho e, deste modo, colocados na mais completa dependência uns dos outros. A propriedade privada, na medida em que no seio do trabalho se contrapõe ao trabalho, desenvolve-se a partir da necessidade da acumulação, e a princípio ainda tem sempre a forma da comunidade, mas no seu desenvolvimento posterior aproxima-se cada vez mais da forma moderna da propriedade privada. Pela divisão do trabalho está dada, logo de início, a divisão também das condições de trabalho, das ferramentas e dos materiais, e com ela a fragmentação do capital acumulado entre diferentes proprietários, e com ela a fragmentação entre o capital e o trabalho, e as diferentes formas da própria propriedade. Quanto mais se desenvolve a divisão do trabalho [65], e quanto mais cresce a acumulação, tanto mais agudamente se desenvolve também esta fragmentação. O próprio trabalho só pode existir sob a premissa desta fragmentação.

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(Energia pessoal dos indivíduos de diferentes nações — Alemães e Americanos — energia desde logo pelo cruzamento de raças daí o cretinismo dos Alemães em França, Inglaterra, etc., povos estrangeiros transplantados para um solo já desenvolvido, na América para um solo completamente novo, na Alemanha a população natural ficou tranquilamente onde estava.)

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Aqui se revelam, portanto, dois factos(94). Primeiro, as forças produtivas aparecem como completamente independentes e divorciadas dos indivíduos, como um mundo próprio a par dos indivíduos, o que tem a sua razão no facto de os indivíduos, cujas forças elas são, existirem divididos e em antagonismo uns contra os outros, ao passo que estas forças, por outro lado, só são forças reais no intercâmbio e na conexão destes indivíduos. De um lado, portanto, uma totalidade de forças produtivas que assumiram uma forma como que concreta e que, para os próprios indivíduos, já não são as forças dos indivíduos, mas da propriedade privada, e que por isso são dos indivíduos apenas na medida em que estes são proprietários privados. Em nenhum período anterior as forças produtivas tinham assumido esta forma indiferente para o intercâmbio dos indivíduos como indivíduos, porque o seu próprio intercâmbio ainda era limitado. Do outro lado, face a estas forças produtivas está a maioria dos indivíduos, aos quais tais forças foram arrancadas, e que, por isso, roubados de todo o conteúdo real da vida se tornaram indivíduos abstractos, mas que só deste modo são colocados em condições de entrarem em ligação uns com os outros como indivíduos.

A única conexão em que ainda se encontram com as forças produtivas e com a sua própria existência, o trabalho, perdeu no seu caso toda a aparência de auto-ocupação e apenas mantém a sua [66] vida na medida em que a atrofia. Ao passo que, nos períodos anteriores, a auto-ocupação e a produção da vida material estavam separadas pelo facto de caberem a pessoas diferentes e de a produção da vida material, pela limitação dos próprios indivíduos, valer ainda como um tipo subordinado de auto-ocupação, agora elas divergem tanto uma da outra que, de facto, a vida material surge como fim, e a produção desta vida material, o trabalho (o qual é agora a única forma possível mas, como vemos, negativa — de auto-ocupação), como meio.

[10. A necessidade, as condições e as consequências da abolição da propriedade privada]

Chegou-se agora, portanto, a um ponto tal que os indivíduos têm de apropriar-se da totalidade existente das forças produtivas, não só para alcançarem a sua auto-ocupação, mas principalmente para assegurarem a sua existência. Esta apropriação é condicionada, primeiro, pelo objecto a apropriar — as forças produtivas desenvolvidas até uma totalidade e apenas existentes no seio do intercâmbio universal. Esta apropriação tem, portanto, e desde logo por este motivo, de ter um carácter universal, correspondente às forças produtivas e ao intercâmbio. A apropriação destas forças nada mais é, ela mesma, do que o desenvolvimento das capacidades individuais correspondentes aos instrumentos da produção material. A apropriação de uma totalidade de instrumentos de produção é desde logo, por isso, o desenvolvimento de uma totalidade de capacidades nos próprios indivíduos. Esta apropriação é, além disso, condicionada pelos indivíduos que apropriam. Só os proletários do presente, completamente excluídos de toda a auto-ocupação, estão em condições de realizar a sua completa auto-ocupação, não mais limitada, a qual consiste na apropriação de uma totalidade de forças produtivas e no desenvolvimento, assim iniciado, de uma totalidade de capacidades. Todas as anteriores apropriações revolucionárias foram limitadas: indivíduos cuja auto-ocupação era limitada por um instrumento de produção restrito e por um intercâmbio restrito apropriaram-se deste restrito instrumento [67] de produção e, por isso, apenas o levaram a uma nova restrição. O seu instrumento de produção tornou-se propriedade sua, mas eles próprios continuaram subordinados à divisão do trabalho e ao seu próprio instrumento de produção. Em todas as apropriações até hoje realizadas, uma massa de indivíduos continuou subordinada a um único instrumento de produção: no caso da apropriação dos proletários, uma massa de instrumentos de produção tem de ser subordinada a cada indivíduo e a propriedade tem de ser subordinada a todos. O intercâmbio universal moderno só pode ser subordinado aos indivíduos de uma maneira: sendo subordinado a todos os indivíduos.

Além disso, a apropriação é condicionada pelo modo como tem de ser realizada. Só pode ser realizada por meio de uma união, a qual, pelo carácter do próprio proletariado, só pode ser, por seu turno, uma união universal, e por uma revolução em que, por um lado, é derrubado o poder do modo de produção e de intercâmbio e da organização social anteriores e, por outro lado, se desenvolvem o carácter universal do proletariado e a sua energia necessária para levar a cabo a apropriação, e em que, além disso, o proletariado deixa para trás tudo o que ainda lhe ficou da sua posição anterior na sociedade.

Só nesta etapa a auto-ocupação coincide com a vida material, o que corresponde ao desenvolvimento dos indivíduos para indivíduos totais e ao deixar para trás toda a espontaneidade, e então correspondem-se uma à outra a transformação do trabalho em auto-ocupação e a transformação do intercâmbio anterior, que era condicionado, no intercâmbio dos indivíduos como tais. Com a apropriação das forças produtivas totais pelos indivíduos unidos cessa a propriedade privada. Enquanto, na história anterior, uma condição particular aparecia sempre como acidental, agora tornou-se acidental o isolamento dos próprios indivíduos, o próprio ganho privado particular de cada um deles.

Os filósofos têm-se representado como ideal, sob o nome de "o Homem", os indivíduos que já não estão subordinados [68] à divisão do trabalho, e têm tomado todo o processo por nós desenvolvido como o processo de desenvolvimento "do Homem", pelo que até hoje, em todas as etapas históricas, "o Homem" foi substituído aos indivíduos e apresentado como a força motora da história. Todo o processo foi assim tomado como processo de auto-alienação "do Homem"(95), e isto essencialmente porque o indivíduo médio da etapa posterior [foi] sempre substituído à anterior, e a consciência posterior aos indivíduos anteriores. Por meio desta inversão, que desde o princípio abstrai das condições reais, foi possível transformar toda a história num processo de desenvolvimento da consciência.

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A sociedade civil compreende todo o intercâmbio material dos indivíduos numa determinada etapa do desenvolvimento das forças produtivas. Compreende toda a vida comercial e industrial de uma etapa, e nesta medida transcende o Estado e a nação, embora, por outro lado, tenha de se fazer valer em relação ao exterior como nacionalidade e de se articular como Estado em relação ao interior. O termo sociedade civil surgiu no século XVIII, quando as relações de propriedade já se tinham desembaraçado da comunidade antiga e medieval. A sociedade civil como tal só se desenvolve com a burguesia; a organização social que se desenvolve a partir directamente da produção e do intercâmbio, e que em todos os tempos forma a base do Estado e da restante superstrutura idealista(96), continuou sempre, no entanto, a ser designada com o mesmo nome(97).

[11.] Relação do Estado e do direito com a propriedade

A primeira forma da propriedade é, tanto no mundo antigo como na Idade Média, a propriedade tribal, condicionada entre os Romanos principalmente pela guerra, entre os Germanos pela criação de gado. Entre os povos antigos, porque numa cidade vivem juntas várias tribos, a propriedade tribal surge como propriedade do Estado, e o direito do indivíduo a ela como mera Possessio(98) a qual, no entanto, como a propriedade tribal em geral, se confina apenas à propriedade fundiária. A verdadeira propriedade privada começa, entre os antigos como entre os povos modernos, com a propriedade móvel. (Escravatura e comunidade) (dominium ex jure Quiritum(99)). Entre os povos que provêm da Idade Média, a propriedade tribal desenvolve-se, através de várias etapas — propriedade fundiária feudal, propriedade móvel corporativa, capital manufactureiro — até ao capital moderno, condicionado pela grande indústria e pela concorrência universal, até à propriedade privada pura, que deixou para trás toda a aparência de uma comunidade e excluiu toda a intervenção do Estado sobre o desenvolvimento da propriedade. A esta propriedade privada moderna corresponde o Estado moderno, o qual, gradualmente, por meio dos impostos, foi adquirido pelos proprietários privados e, por meio das dívidas públicas, ficou completamente à mercê destes, e cuja existência, nas subidas e quedas dos papéis do Estado na Bolsa, ficou totalmente dependente do crédito comercial que os proprietários privados, os burgueses, lhe concedem. Porque é uma classe, e não já um estado [ou ordem social], a burguesia é obrigada, desde logo, a organizar-se nacionalmente, e não já localmente, e a dar ao seu interesse médio uma forma geral. Pela emancipação da propriedade privada em relação à comunidade, o Estado adquiriu uma existência particular a par, e fora, da sociedade civil; mas ele nada mais é do que a forma de organização que os burgueses se dão, tanto externa como internamente, para garantia mútua da sua propriedade e dos seus interesses. A autonomia do Estado ocorre, hoje em dia, apenas já em países em que os estados [ou ordens sociais], não se desenvolveram completamente em classes, em que os estados [ou ordens sociais], eliminados nos países mais adiantados, ainda desempenham um certo papel, e ainda existe uma mistura, países nos quais, por isso, nenhuma parte da população consegue o domínio sobre as restantes. É este o caso nomeadamente na Alemanha. O exemplo mais acabado do Estado moderno é a América do Norte [70]. Os escritores franceses, ingleses e americanos mais recentes manifestam todos a opinião de que o Estado só existe por causa da propriedade privada, pelo que isto passou também à consciência geral.

Como o Estado é a forma em que os indivíduos de uma classe dominante fazem valer os seus interesses comuns e se condensa toda a sociedade civil de uma época, segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado, adquirem uma forma política. Daí a ilusão de que a lei assentaria na vontade, e para mais na vontade dissociada da sua base real, na vontade livre. Do mesmo modo o direito é, por seu turno, reduzido à lei.

O direito privado desenvolve-se, simultaneamente com a propriedade privada, a partir da dissolução da comunidade natural. Entre os Romanos, o desenvolvimento da propriedade privada e do direito privado não teve consequências industriais e comerciais posteriores, porque todo o seu modo de produção permaneceu o mesmo(100). Entre os povos modernos, onde a comunidade feudal foi dissolvida pela indústria e pelo comércio, com o aparecimento da propriedade privada e do direito privado teve início numa nova fase, capaz de desenvolvimento posterior. Logo a primeira cidade que na Idade Média realizou um extenso comércio marítimo, Amalfi, formou também o direito marítimo[N35]. Assim que, primeiro na Itália e mais tarde noutros países, a indústria e o comércio deram novo desenvolvimento à propriedade privada, foi logo retomado e elevado a autoridade o direito privado romano, que já estava desenvolvido. Quando, mais tarde, a burguesia tinha alcançado tanto poder que os príncipes fizeram seus os interesses dela, para derrubarem, por meio da burguesia, a nobreza feudal, começou em todos os países — em França no século XVI — o verdadeiro desenvolvimento do direito, que em todos os países [71], à excepção da Inglaterra, se processou com base no código romano. Também em Inglaterra tiveram de ser introduzidos princípios do direito romano para um maior desenvolvimento do direito privado (especialmente no caso da propriedade móvel). (Não esquecer que o direito, como a religião, não tem uma história própria.)

No direito privado, as relações de propriedade vigentes são expressas como resultado da vontade geral. O próprio jus utendi et abutendi(101) exprime, por um lado, o facto de que a propriedade se tornou completamente independente da comunidade, e, por outro lado, a ilusão de que a própria propriedade privada assentaria na mera vontade privada, na disposição arbitrária da coisa. Na prática, o abuti(102) tem barreiras económicas muito determinadas para o proprietário privado, se este não quiser ver a sua propriedade e, como ela, o seu jus abutendi passar para outras mãos, porque a verdade é que a coisa, considerada meramente em relação com a sua vontade, não é coisa nenhuma, mas só se torna uma coisa, propriedade real, no intercâmbio, e independentemente do direito (uma relação a que os filósofos chamam uma ideia)(103). Esta ilusão jurídica, que reduz o direito à mera vontade, conduz necessariamente, no desenvolvimento posterior das relações de propriedade, a que alguém possa ter título jurídico a alguma coisa sem ter realmente a coisa(104). Se, por exemplo, é eliminada pela concorrência a renda de uma parcela de terra, o proprietário desta tem título jurídico àquela, juntamente com o jus utendi et abutendi. Mas com eles nada pode fazer, como proprietário fundiário nada possui se, por outro lado, não possuir capital suficiente para cultivar o seu solo. Pela mesma ilusão dos juristas se explica que para eles, e para todos os códigos em geral, seja acidental que indivíduos entrem em relações entre si, por exemplo, contratos, e que para eles estas relações sejam daquelas em que se [pode] entrar ou não entrar, conforme se queira [72], e cujo conteúdo [ass]enta completamente na [vontade] livre dos contraentes.

Todas as vezes que, pelo desenvolvi[mento] da indústria e do comércio, se formaram novas formas de intercâmbio, por exemplo, companhias de seguros e outras, o direito foi sempre obrigado a incluí-las entre os modos de aquisição de propriedade.

[12. Formas da consciência social]

Influência da divisão do trabalho sobre a ciência.

O que no Estado, direito, moral, etc., a repressão.

[Na] lei os burgueses têm de se dar uma expressão geral, precisamente porque dominam como classe.

Ciência da natureza e história.

Não há uma história da política, do direito, da ciência, etc., da arte, da religião, etc.(105)

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Por que é que os ideólogos põem tudo de cabeça para baixo.

Religiosos, juristas, políticos.

Juristas, políticos (estadistas em geral), moralistas, religiosos.

Para esta subdivisão ideológica numa classe, 1) Autonomização da ocupação profissional pela divisão do trabalho; cada um considera o seu ofício como o verdadeiro. Sobre a conexão em que o seu ofício se encontra com a realidade criam ilusões tanto mais necessariamente quanto isto é desde logo condicionado pela natureza do próprio ofício. As relações tornam-se conceitos na jurisprudência, política, etc. — na consciência; como elas não vão a[l]ém destas relações, também os conceitos das mesmas são conceitos fixos na sua cabeça; o juiz, por exemplo, aplica o código, por isso para ele a legislação vale como o verdadeiro motor activo. Respeito pela sua mercadoria; pois que a sua ocupação tem a ver com o geral.

Ideia do direito. Ideia do Estado. Na consciência habitual a coisa está de cabeça para baixo.

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A religião é, desde o princípio, a consciência da transcendência [que] decorre de um ter de [Müssen] real.

Isto mais popular.

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Tradição, para o direito, a religião, etc.

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[73](106) Os indivíduos partiram sempre de si, partem sempre de si. As suas relações são relações do seu processo real de vida. A que se deve que as suas relações se autonomizem contra eles? que os poderes da sua própria vida se tornem opressores contra eles?

Numa palavra: a divisão do trabalho, cujo grau depende da força produtiva desenvolvida em cada caso.

Propriedade fundiária. Propriedade comunal. Feudal. Moderna. Propriedade de estado [ou ordem social]. Propriedade manufactureira. Capital industrial.


Notas de rodapé:

(1) À letra: cabeça morta; termo usado na química para o resíduo que fica da destilação; aqui: restos, resíduos. (Nota da edição portuguesa.)  (retornar ao texto)

(2) [No manuscrito foi riscado o passo seguinte:] [p. 2] Por isso fazemos preceder a crítica específica de cada um dos representantes deste movimento de algumas observações gerais. (Estas observações bastarão para indicar o ponto de vista da nossa crítica tanto quanto é necessário para a compreensão e a fundamentação das críticas individuais subsequentes. Contrapomos estas observações [p. 3] precisamente a Feuerbach por ser ele o único que pelo menos fez algum progresso, e em cujas obras se pode entrar de bonne foi (a) (b), as quais iluminarão mais de perto os pressupostos ideológicos comuns a todos eles.

1. A ideologia em geral, e a filosofia alemã em especial

Conhecemos apenas uma única ciência, a ciência da história. A história pode ser considerada de dois lados, dividida em história da natureza e história dos homens. No entanto, estes dois aspectos não se podem separar; enquanto existirem homens, a história da natureza e a história dos homens condicionam-se mutuamente. A história da natureza, a chamada ciência da natureza, não é a que aqui nos interessa; na história dos homens, porém, teremos de entrar, visto que quase toda a ideologia se reduz ou a uma concepção deturpada desta história ou a uma completa abstracção dela. A ideologia é, ela mesma, apenas um dos aspectos desta história. (retornar ao texto)

(a) Em francês no texto: de boa fé. (Nota da edição portuguesa.)

(b) O texto traduzido entre parênteses encontra-se riscado horizontalmente no manuscrito. (retornar ao texto)

(3) As categorias básicas de David Strauss e Bruno Bauer. (retornar ao texto)

(4) As categorias básicas de Ludwig Feuerbach e Max Stirner. (retornar ao texto)

(5) [No manuscrito encontra-se riscado o passo seguinte:] ...que surgiu reclamando para si a qualidade de redentora absoluta do mundo de todo o mal. A religião foi continuamente considerada e tratada como a causa última de todas as relações repugnantes a estes filósofos, como o arqui-inimigo. (retornar ao texto)

(6) Max Stirner. (retornar ao texto)

(7) Em francês no texto: em bloco. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(8) Referência respectivamente a Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirner. (retornar ao texto)

(9) A seguir, no manuscrito da versão principal do texto passado a limpo, o resto da página está em branco. O texto da página seguinte vem reproduzido neste volume como I, 3. (retornar ao texto)

(10) O texto desta secção é extraído da primeira versão da cópia passada a limpo. (retornar ao texto)

(11) [No manuscrito encontra-se riscado o passo seguinte:] O primeiro acto histórico destes indivíduos pelo qual se distinguem dos animais não é o de pensarem, mas o de começarem a produzir os seus meios de vida. (retornar ao texto)

(12) [No manuscrito encontra-se riscado o passo seguinte:] Mas estas condições não condicionam só a organização original, espontânea, dos homens, nomeadamente as diferenças raciais, mas também todo o seu desenvolvimento ou não desenvolvimento posteriores até aos nossos dias. (retornar ao texto)

(13) Termina aqui a primeira versão da cópia passada a limpo. A seguir este volume reproduz o texto da versão principal dessa cópia. (retornar ao texto)

(14) No original — Stande: estados, ou ordens, sociais, característicos do feudalismo. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(15) A seguir, no manuscrito, o resto da página ficou em branco. Na página seguinte começa o sumário da concepção materialista da história. A quarta forma de propriedade, a burguesa, é tratada na Parte IV do capítulo, Secções 2-4. (retornar ao texto)

(16) [Versão original:] determinados indivíduos em determinadas relações de produção. (retornar ao texto)

(17) [No manuscrito encontra-se riscado o passo seguinte:] As ideias que estes indivíduos formam são representações ou da sua relação com a natureza ou da sua relação uns com os outros, ou sobre a sua própria natureza. É evidente que em todos estes casos estas representações são a expressão consciente — real ou ilusória — das suas relações e, actividade reais, da sua produção, do seu intercâmbio, da sua organização social e política. A suposição oposta só é possível quando se pressupõe, além do espírito dos indivíduos reais e materialmente condicionados, ainda um espírito à parte. Se a expressão consciente das relações reais destes indivíduos é ilusória, eles nas suas representações colocam a realidade de cabeça para baixo, e isto por sua vez é uma consequência do seu modo de trabalho material limitado e das relações sociais limitadas que dele resultam. (retornar ao texto)

(18) [Versão original:] Os homens são os produtores das suas representações, ideias, etc., e precisamente os homens condicionados pelo modo de produção da sua vida material, pelo seu intercâmbio material e o seu desenvolvimento posterior na estrutura social e política. (retornar ao texto)

(19) A versão principal (a segunda) da cópia passada a limpo termina aqui.

Este volume vai continuar com três partes do manuscrito original. (retornar ao texto)

(20) [Nota marginal de Marx:] Feuerbach. (retornar ao texto)

(21) [Nota marginal de Marx:] Libertação filosófica e real. — O Homem. O Único. O indivíduo. Condições geológicas, hidrográficas, etc., O corpo humano. A necessidade e o trabalho. (retornar ao texto)

(22) [Nota marginal de Marx:] Frases e o movimento real. (retornar ao texto)

(23) [Nota marginal de Marx:] Importância das frases para a Alemanha. (retornar ao texto)

(24) [Nota marginal de Marx:] A linguagem é a linguagem da re[alidade]. (retornar ao texto)

(25) Há aqui uma lacuna de cinco páginas no manuscrito. (retornar ao texto)

(26) Em latim no texto: na realidade. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(27) [Nota marginal de Engels:] NB. O erro não é que F[euerbach] subordine o trivialmente óbvio, a aparência sensível, á realidade sensível constatada por meio de uma análise mais rigorosa dos factos sensíveis, mas sim que, em última instância, não seja capaz de lidar com o mundo sensível [Sinnlachkeit] sem o considerar com os "olhos", isto é, através dos "óculos" do filósofo. (retornar ao texto)

(28) Goethe, Fausto, "Prólogo no Céu". (retornar ao texto)

(29) Em latim no texto: geração espontânea. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(30) [No manuscrito encontra-se riscado o passo seguinte:] Se aqui, porém, entramos mais na história, isso deve-se ao facto de os alemães estarem habituados a imaginar por "história" e "histórico" tudo o que é possível, mas não o que é real, e disto nos dá um exemplo brilhante nomeadamente o São Bruno com a sua "eloquência do púlpito".  (retornar ao texto)

(31) [Nota marginal de Marx:] História.

No tomo 3 dos Marx/ Engels, Werke, Dietz Verlag, Berlim, 1969, p. 28, este parágrafo vem precedido do subtítulo [1.] Geschichte (História), e segue-se imediatamente ao parágrafo com que termina a versão principal (a segunda) da cópia passada a limpo. (Nota da edição portuguesa.)  (retornar ao texto)

(32) Cf. cap. II, 8.  (retornar ao texto)

(33) [Nota marginal de Marx:] Hegel[N11]. Condições geológicas, hidrográficas, etc. Os corpos humanos. Necessidade, trabalho.  (retornar ao texto)

(34) [Nota marginal de Marx:] Os homens têm história porque têm de produzir a sua vida, e para mais de determinado modo: isto (a) é dado pela sua organização física, tal como o é a sua consciência.

(a) Na MEGA: este ter de. (Nota da edição portuguesa.)  (retornar ao texto)

(35) [Riscadas do manuscrito as seguintes palavras:] A minha relação com o que me rodeia é a minha consciência.  (retornar ao texto)

(36) [Nota marginal de Marx:] Primeira forma dos ideólogos, padres, coincide com isto.  (retornar ao texto)

(37) [Nota marginal de Marx:] Religião. Os alemães com a ideologia como tal.  (retornar ao texto)

(38) [Nota marginal de Marx que foi cortada:] actividade e pensamento, isto é, actividade destituída de pensamento e pensamento inactivo.  (retornar ao texto)

(39) Na MEGA: chocar (begegnen). (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(40) Estes dois últimos parágrafos foram inseridos na margem pela mão de Engels. (retornar ao texto)

(41) Sobre este passo escreveu Marx, à margem, o texto que é reproduzido neste volume nos dois primeiros parágrafos da secção que se segue, a 5ª, imediatamente depois do parágrafo em curso. (retornar ao texto)

(42) Nos MEW, verschwinden; na MEGA, schwinden. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(43) Na MEGA: "de repente" ou ao mesmo tempo. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(44) [Nota de Marx no topo da página seguinte do manuscrito que continua o texto:] Comunismo. (retornar ao texto)

(45) Na MEGA: massivamente. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(46) No manuscrito, este parágrafo foi inserido por Marx por cima do primeiro parágrafo desta secção. (retornar ao texto)

(47) [Nota marginal de Marx:] Intercâmbio e forças produtivas. (retornar ao texto)

(48) O resto da página no manuscrito ficou em branco. A página seguinte começa com a exposição das conclusões da concepção materialista da história. (retornar ao texto)

(49) [Nota marginal de Marx:] Sobre a produção da consciência. (retornar ao texto)

(50) [Nota marginal de Marx:] Que as pessoas estão interessadas em conservar o actual estado da produção. (retornar ao texto)

(51) [Cortado no manuscrito:] ...a forma moder[na] da actividade sob a qual o domínio de... (retornar ao texto)

(52) [Cortado no manuscrito:] Ao passo que todos os comunistas, tanto em França como na Inglaterra e na Alemanha, de há muito estão de acordo sobre esta necessidade da revolução, o sagrado Bruno continua a sonhar tranquilamente, e opina que o "Humanismo Real", isto é, o comunismo, será colocado "no lugar do espiritualismo" (que não tem qualquer lugar) apenas para que conquiste respeito. Então — continua o seu sonho — teria na verdade "chegado a salvação, a Terra [teria sido] feita Céu e o Céu Terra". (O teólogo continua a não poder esquecer o céu.) "Então a alegria e a glória ressoarão nas harmonias celestiais por toda a eternidade" (p. 140)[N10]. O sagrado padre da Igreja terá por certo uma grande surpresa quando o dia do juízo final, em que tudo isto se consumará, romper sobre ele — um dia cuja aurora vermelha é o reflexo no céu das cidades em chamas, quando ressoarem nos seus ouvidos, no meio destas "harmonias celestiais", as melodias da Marselhesa e da Carmagnole com o troar indispensável dos canhões, e a guilhotina a marcar o compasso; quando a "massa" infame bradar ça ira, ça ira, e suprimir a "Consciência de Si" por meio do candeeiro[N16]. O sagrado Bruno não tem o menor motivo para esboçar para si um quadro edificante de "alegria e glória para toda a eternidade". Renunciamos ao prazer de construir a priori o comportamento de S. Bruno no dia do juízo final. É também difícil de decidir se os prolétaires en revolution teriam de ser entendidos como "Substância", como "Massa" que quer derrubar a crítica, ou como "Emanação" do espírito ao qual falta ainda, entretanto, a consistência necessária para digerir os conceitos de Bauer. (retornar ao texto)

(53) Na MEGA: chega, em consequência disto, a este resultado. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(54) A expressão é de Bruno Bauer. (retornar ao texto)

(55) [Nota marginal de Marx:] A historiografia dita objectiva consistiu precisamente em conceber as relações históricas separadas da actividade. Carácter reaccionário. (retornar ao texto)

(56) Em latim no texto: teatro do mundo. (Nota da edição portuguesa.)  (retornar ao texto)

(57) Ou seja, Bruno Bauer, Ludwig Feuerbach e Max Stirner. (retornar ao texto)

(58) Ver II, 3. e 4. (retornar ao texto)

(59) Ver II, 5. e II. 6. (retornar ao texto)

(60) [Riscado no manuscrito:] Estes "conceitos dominantes" terão uma forma tanto mais geral e ampla quanto mais a classe dominante é obrigada a apresentar o seu interesse como o de todos os membros da sociedade. A classe dominante tem, ela própria, em média, a noção de que estes seus conceitos dominam, e distingue-os de representações dominantes de épocas anteriores apenas pelo facto de as apresentar como verdades eternas. (retornar ao texto)

(61) [Nota marginal de Marx:] (A universalidade corresponde: 1) à classe contra o estado [ou ordem social]; 2) à concorrência, ao intercâmbio mundial, etc.; 3) à grande força numérica da classe dominante; 4) à ilusão dos interesses comunitários (sendo no princípio esta ilusão verdadeira); 5) à ilusão dos ideólogos e à divisão do trabalho.) (retornar ao texto)

(62) [Nota marginal de Marx:] O homem = o "espirito humano pénsante" (retornar ao texto)

(63) Em inglês no texto: lojista. (Nota da edíção portuguesa.) (retornar ao texto)

(64) Aqui faltam quatro páginas no manuscrito. (retornar ao texto)

(65) Em francês no texto: indústria extractiva. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(66) Em francês no texto: comerciantes. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(67) Na MEGA: nada podiam, na qual... (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(68) O manuscrito encontra-se deteriorado neste passo. (retornar ao texto)

(69) [Nota marginal de Marx:] e os vitrais na Idade Média. (retornar ao texto)

(70) O manuscrito encontra-se deteriorado neste passo. (retornar ao texto)

(71) Na MEGA: realizado. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(72) [Nota marginal de Marx.] Pequenos burgueses [Kleinbürger] — Ordem média [Mittelstand] — Grande burguesia [Grosse Bourgeoisie]. (retornar ao texto)

(73) A sequência de "necessária" e "necessidade" nesta frase não revela, como poderia parecer, desleixo da tradução. No original surge-nos também Nowendigkeit e nötíg. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(74) Em francês no texto: "O comércio é a mania do século." (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(75) Em francês no texto: "De há algum tempo para cá só se fala de comércio, de navegação e de marinha." (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(76) [Em nota no original;] O movimento do capital, embora consideravelmente acelerado, continuava ainda, contudo, relativamente lento. A divisão do mercado mundial em partes separadas, cada uma das quais era explorada por uma nação particular, a exclusão da concorrência entre si por parte das nações, a indestreza da própria produção e o facto de a finança estar a sair das suas primeiras fases muito impediam a circulação. A consequência disto foi um espírito tíbio, mesquinho e sórdido, que continuou agarrado a todos os comerciantes e a todo o modo de comerciar. Em comparação com os proprietários de manufacturas, e sobretudo com os artesão, eram, na verdade, grandes burgueses, burguesia; em comparação com os comerciantes e industriais do período seguinte continuavam a ser pequenos burgueses. Cf. Adam Smith[N30].  (retornar ao texto)

(77) O manuscrito encontra-se deteriorado neste passo. (retornar ao texto)

(78) Em francês no texto: mais ou menos. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(79) Na MEGA: este segundo "como" (als) fora omitido. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(80) [Nota marginal de Marx:] Preexistência da classe para os filósofos. (retornar ao texto)

(81) Nota marginal de Marx:] Começa por absorver os ramos de trabalho directamente pertencentes ao Estado, e depois todas ± [mais ou menos] as ordens [Stände] ideológicas. (retornar ao texto)

(82) Na MEGA: da classe até ai possuidora. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(83) Sobre o significado da expressão "abolição do trabalho" (Aufhebung der Arbeit) ver, neste volume, II. 6, esta mesma secção, e IV, 9-l0. (retornar ao texto)

(84) [Nota marginal de Engels:] (Feuerbach: Ser e Essência.) Ver II, 9. (retornar ao texto)

(85) Em francês no texto: plebeu. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(86) Em inglês no texto: parcelas. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(87) Em francês no texto: mais ou menos. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(88) Em latim no texto: contra o homem. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(89) Em francês no texto: a despeito deles. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(90) [Nota marginal de Marx:] Produção da própria forma de intercâmbio. (retornar ao texto)

(91) Em francês no texto: por sua vez. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(92) Na MEGA: marcante (frappante). (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(93) Em francês no texto: associação dos indivíduos à associação dos capitais. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(94) [Nota marginal de Engels:] Sismondi. (retornar ao texto)

(95) [Nota marginal de Marx:] Auto-alienação. (retornar ao texto)

(96) Isto é: ideal, ideológica. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(97) Traduzimos por sociedade civil o termo alemão bürgerliche Gesellschaft, também traduzível por sociedade burguesa. O texto do próprio parágrafo é explícito no que toca às razões da bivalência (mais do que ambiguidade) do termo alemão, tanto mais que o último período distingue claramente os dois sentidos no mesmo nome. A tradução, no entanto, para ser clara, carece desta nota. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(98) Em latim no texto: posse, tomada de posse. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(99) Em latim no texto. Trata-se da propriedade do antigo cidadão romano garantida por lei. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(100) [Nota marginal de Engels:] (Usura!) (retornar ao texto)

(101) Em latim no texto: direito de usar e dispor arbitrariamente. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(102) Em latim no texto: o dispor arbitrariamente. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(103) [Nota marginal de Marx:] Relação para os filósofos = ideia. Conhecem meramente a relação "do Homem" consigo mesmo, e por isso, para eles, todas as relações reais se tornam ideias. (retornar ao texto)

(104) [Nota marginal de Marx:] A vontade sobre a vontade [...] reais, etc. Nota destinada a elaboração posterior. (Em alemão: Den Willen über den Willen wirkliche. etc.) (retornar ao texto)

(105) [Nota marginal de Marx:] À "comunidade", como ela surge no Estado antigo, no feudalismo, na monarquia absoluta, a este vínculo correspondem (a) nomeadamente as representações religiosas (cat[ólicas]).

(a) No manuscrito: corresponde. (Nota da edição portuguesa.) (retornar ao texto)

(106) Esta última página do manuscrito não está numerada. As notas que contém referem-se ao começo do enunciado da concepção materialista da história. As ideias aqui esboçadas são desenvolvidas na 1ª parte do capítulo, na Secção 3. (retornar ao texto) (retornar ao texto)
 


Inclusão 08/04/2006