Manifesto do Partido Comunista
Karl Marx e Friedrich Engels
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Anexo I
Única Página de Original Conservada do Rascunho do Manifesto do Partido Comunista (52)



capa

[Letra da senhora Marx (53)]

[Prole]tários, a favor da Bill(1*) das 10 horas sem partilhar as ilusões deles acerca dos resultados desta medida.

[Letra de Marx]

Vimos, aliás [que]:

Os comunistas não estabelecem nenhuma nova teoria da propriedade privada. Expressam apenas o facto histórico de que as relações de produção burguesas(2*), e com isso as relações de propriedade burguesas, <determinadas>(3*), não <são> mais <adequadas> ao desenvolvimento <soci> das forças de produção sociais, e portanto [...] <No desenvolvimento da própria indústria> e no [...].

Mas não brigueis connosco ao <contrapordes> medirdes a abolição da propriedade burguesa pelas vossas ideias burguesas de liberdade, cultura, etc.! As vossas próprias ideias <correspondem> são produtos das relações de produção e de propriedade burguesas <existentes>, assim como o vosso Direito é apenas a vontade da vossa classe elevada a Lei. <Uma> Uma vontade, cujo conteúdo está determinado pelas condições materiais de vida da vossa classe.

<A vossa> A representação interessada — de transformar <as> vossas relações de produção e [as vossas] relações de propriedade <burguesas>, de relações históricas <e apenas> transitórias que correspondem a um determinado estádio de desenvolvimento <amadurecimento das> das forças de produção em leis eternas da Natureza e da razão — partilhai-la com todas as classes dominantes que pereceram!

Aquilo que concebeis para a propriedade feudal, não o concebeis mais para a propriedade burguesa.

E, contudo, não podeis negar o facto de que <com a marcha> com o curso de desenvolvimento da indústria <burguesa>, o unilateral [...].

Os comunistas não estabelecem nenhuma nova teoria da propriedade. Expressam um facto. Vós negais os factos mais contundentes. Tendes de os negar. Sois utopistas virados para trás.


Anexo II
Projecto de Plano para a Terceira Secção (54)

1) Sistemas criticamente utópicos. (Comunistas).

2)

 

1) O socialismo reaccionário, feudal, religioso-pequeno-burguês.

2) O socialismo burguês.

3) Os sistemas da literatura crítico-utópica. Owen, Cabet, Weitling, Fourier, St. Simon, Babeuf.

4) A literatura imediatamente de partido.

5) A literatura comunista.

3) O socialismo alemão-filosófico(4*).


Notas:

(1*) Em inglês no texto: lei. (N. da Ed.) (retornar ao texto)

(2*) Marx escreveu primeiro, e riscou: as relações de produção. (N. da Ed.) (retornar ao texto)

(3*) Doravante entre <> algumas das palavras riscadas por Marx no manuscrito. (N. da Ed.) (retornar ao texto)

(4*) Este ponto figura à margem, Marx alterou depois, em conformidade, a numeração das últimas três alíneas. (N. da Ed.) (retornar ao texto)

Notas de fim de tomo:

(52) Engels ofereceu esta página a Eduard Bernstein em 1883 como recordação de Marx. Escrita em Dezembro de 1847 ou Janeiro de 1848, foi publicada em fac-símile em Der wahre Jacob de 17 de Março de 1908. (retornar ao texto)

(53) Como Engels refere em carta a Bernstein de 12 de Junho de 1883 (MEW, vol. 36, p. 36): "As duas primeiras linhas são ditado, escrito pela senhora Marx." (retornar ao texto)

(54) Este projecto figura na capa de um caderno de Marx, datado de Bruxelas, Dezembro de 1847, MEGA (Historisch-kritische Gesamtausgabe, ed. D. Riazanov, Frankfurt-Berlim-Moscovo, Marx-Engels-Lenin Institut, 1927-1935, 11 vols.), vol. I/6, p. 650. (retornar ao texto)

 

Inclusão 12/02/2005